Empreendedor, palestrante e especialista em marketing de performance, Henrique Souza é CEO aqui da Pubti desde 2010. Residente na capital de São Paulo, ele montou a Pubti com o intuito de poder oferecer diversos serviços voltados a área de marketing digital e soluções em Tecnologia da Informação.
É comum ouvirmos que a inteligência emocional é uma capacidade importante, principalmente no mundo do trabalho atual. Mas você sabe realmente o que isso significa? E será que é possível desenvolver essa habilidade, ou já nascemos com ela?
Neste artigo, falaremos sobre o que é inteligência emocional, quais são os seus pilares e benefícios. Também trazemos algumas dicas para melhorar a sua. Confira!
O que é inteligência emocional?
A inteligência emocional é a capacidade de entender e gerenciar emoções, tanto as próprias quanto as das pessoas ao redor. Quem tem um alto grau de inteligência emocional consegue, sem dificuldades, entender o que está sentindo, o significado dos próprios sentimentos e como eles podem afetar os outros.
O tema foi estudado por diversos psicólogos ao longo do século XX. Dentre os principais estão os norte-americanos Peter Salovey e John Mayer, que definiram inteligência emocional como “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.
O assunto saiu da academia e tornou-se conhecido do grande público na década de 1990, graças ao best-seller “Inteligência Emocional”, do escritor Daniel Goleman, também dos Estados Unidos.
No livro, ele define inteligência emocional como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”. Também diz que a habilidade é tão importante quanto o QI para o sucesso e defende que ela pode ser desenvolvida.
Quais são os pilares da inteligência emocional?
Diversos estudiosos da inteligência emocional têm listado as habilidades que a constituem. Vale dizer que nem sempre eles concordam entre si. No texto, vamos mencionar os atributos citados por Daniel Goleman, por ele ser o autor mais conhecido dentre os que falam sobre o tema.
Para ele, a inteligência emocional é constituída de cinco habilidades. As três primeiras são intrapessoais, importantes para o autoconhecimento, e as duas últimas são interpessoais, ou seja, envolvem mais pessoas, sendo de grande valor para profissionais em cargo de liderança, por exemplo.
- Autoconsciência: é a capacidade de conhecer as próprias emoções quando acontecem.
- Autorregulação: consiste em controlar os sentimentos, adaptando-se às mudanças que ocorrem no dia a dia.
- Automotivação: é a habilidade de direcionar as emoções para alcançar objetivos.
- Empatia: pessoas que conseguem se colocar no lugar dos outros, enxergando situações por outras perspectivas, têm empatia.
- Habilidades sociais: consiste em saber gerenciar emoções para se dar bem com os outros.
No livro, Daniel Goleman ainda identifica competências emocionais que devem ser desenvolvidas para alcançar cada um desses pilares. Para o autor, são habilidades que podem ser melhoradas, ainda que existam aspectos permanentes, determinados pela herança genética, por exemplo.
Por que é importante desenvolver a inteligência emocional?
Ter uma boa inteligência emocional pode impactar em diversos aspectos da vida, como no sucesso da carreira, nas relações interpessoais e na própria motivação. Com um bom controle das emoções, fica mais fácil alcançar os seus objetivos de vida, sejam quais forem.
No âmbito intrapessoal, é possível ter equilíbrio ao encontrar situações inesperadas, estressantes ou desafiadoras. Também fica mais fácil ter foco, ser produtivo, tomar decisões e administrar o tempo.
Já nas relações interpessoais, é possível relacionar-se de maneira mais harmônica com familiares, amigos e colegas de trabalho, preservando e fortalecendo laços.
Por falar em trabalho, é nessa área que o desenvolvimento da inteligência emocional pode causar mais impacto positivo. Colaboradores que lidam bem com os sentimentos são mais produtivos, tomam decisões melhores, lidam bem com o estresse, se adaptam bem a mudanças e constroem relações baseadas na colaboração.
É por isso que essa é uma soft skill bastante procurada pelas empresas nos candidatos a vagas, sobretudo aqueles que concorrem a cargos de liderança.
Como desenvolver a inteligência emocional?
Falamos sobre o que é e quais são os benefícios de desenvolver a inteligência emocional. Mas, afinal de contas, como fazer isso?
A seguir, trazemos algumas dicas, voltadas principalmente para o dia a dia corporativo.
1. Preste atenção nas suas emoções
Essa dica vai ao encontro do primeiro pilar citado por Daniel Goleman, o da autoconsciência.
Pessoas autoconscientes sabem como se sentem e como suas ações podem afetar as pessoas ao redor.
Para alcançar essa habilidade, é importante desacelerar ao sentir emoções fortes. Procure examinar a situação e lembre-se de que, por mais difícil que seja o momento, você sempre pode escolher como reagir.
Manter um diário pode ajudar a criar o hábito de observar os seus sentimentos no dia a dia. O ato de escrever também contribui para colocar as situações em perspectiva.
2. Desenvolva a empatia
Defender o próprio ponto de vista é fácil. Já colocar-se no lugar dos outros pode ser mais desafiador. É esse o trunfo de quem tem empatia.
Para desenvolver essa habilidade, procure olhar as situações pela perspectiva de outras pessoas. Exercitar a escuta ativa também ajuda a entender melhor o lado de familiares, amigos e colegas.
No dia a dia, procure fazer perguntas e se interessar de verdade. Você verá que assim fica mais fácil empatizar com quem você está conversando.
Se você quer outras dicas sobre esse assunto, leia o artigo: Empatia: o que é, como usar em negociações e exemplos reais.
3. Trabalhe suas habilidades sociais
Algumas pessoas têm naturalmente mais facilidade em situações sociais, outras menos. Porém todas podem melhorar essas habilidades.
Principalmente entre as lideranças, saber se comunicar bem, motivar e apoiar a equipe, gerenciar mudanças e resolver conflitos de maneira diplomática é fundamental. E essas são características de quem domina habilidades sociais. Mas como desenvolvê-las?
Uma dica é aprender a solucionar divergências. Isso vai ajudar na relação com colegas, liderados, clientes, fornecedores. Além disso, é importante melhorar as habilidades de comunicação, para conseguir passar a mensagem certa mesmo em situações difíceis.
Leia também: Vittude: a healthtech que quer facilitar o acesso às terapias
O que as empresas podem fazer para auxiliar os colaboradores a desenvolverem a inteligência emocional?
Se você tem uma empresa ou é uma liderança e está se perguntando o que pode fazer para ajudar a equipe a lidar melhor com as emoções, temos algumas dicas. É possível investir em treinamentos especializados e oferecer mentorias para desenvolver os colaboradores nesse sentido.
Outra iniciativa que tem sido adotada por muitos negócios é estimular que os funcionários façam terapia, fazendo parcerias com plataformas ou profissionais que oferecem o serviço. Há empresas que custeiam as sessões e outras que oferecem uma ajuda de custo. Em outras palavras, a terapia é oferecida como benefício corporativo.
Perguntas frequentes:
O que é inteligência emocional?
A inteligência emocional é a capacidade de entender e gerenciar emoções, tanto as próprias quanto as das pessoas ao redor. Quem tem consegue, sem dificuldades, entender o que está sentindo, o significado dos próprios sentimentos e como eles podem afetar os outros.
Quais são os 5 pilares da inteligência emocional?
Os 5 pilares da inteligência emocional são os seguintes: Autoconsciência; Autorregulação; Automotivação; Empatia; e Habilidades Sociais. As três primeiras são intrapessoais e as duas últimas são interpessoais.
Como desenvolver a inteligência emocional?
A inteligência emocional pode ser desenvolvida com a adoção de três atitudes: prestar atenção nas próprias emoções; praticar a empatia no dia-a-dia; e trabalhar as suas habilidades sociais.